A doçura de não fazer nada

 

Assistindo o filme “Comer, Rezar e Amar” me deparei com uma frase dita pelos italianos que me deixou pensativa e, ao mesmo tempo, me identifiquei na hora: A doçura de não fazer nada.

A doçura de não fazer nada pode estar contida num simples domingo de ócio ou num feriado como o de hoje, que parte a semana no meio, dando uma pausa, uma chance de renovar as energias perdidas no cansaço rotineiro.

Claro, viajar e explorar novos territórios é sempre uma opção atrativa, mas, cá pra nós, a doçura de não fazer nada também tem o seu valor. O prazer está contido no descompromisso, está na briga que você não precisa travar com o despertador, afinal, você não precisa resistir ao sono.

Está na liberdade de poder curtir o nada e apreciar o teto, sem lembrar que existe relógio, telefone e visitas. (Bom, você está torcendo para que essas não resolvam dar o ar da graça).

Dentro de casa, de pijamas, pantufas e cabelo despenteado. Ou mesmo de banho tomado, com uma roupa confortável, ouvindo seu álbum predileto, vendo sua série favorita, colocando em dia sua lista de filmes, ou lendo um bom livro. Tudo isso está contido na doçura de não fazer nada. Nada, hoje, é muito.

Nem festa, nem churrasco, nem show, nem balada. Deixa isso pra sexta-feira, sábado ou quem sabe no meio da semana. No dia do ócio, nenhuma dessas opções pode substituir a doçura de não fazer nada. Guloseimas são bem-vindas. Tragam sorvete de abacate, creme de açaí, chocolate.

Sozinha ou acompanhada, tanto faz. O dia de ócio é liberdade total. Você escolhe quem vai te acompanhar na inutilidade, na preguiça, na moleza, nos bocejos constantes. Ahhhh, que soninho. Enfim, só quem curte a doçura de não fazer nada sabe do que estou falando.

Se você está lendo este post hoje, concluo que também não viajou. Acertei? Neste caso, bom feriado e uma boa doçura de não fazer nada pra você também.

 

Por Renata Stuart

3 respostas

  1. Ola,
    Como levamos uma vida muito agitada, temos a mania de achar que ficar parado é ócio e perda de tempo. Claro que isso em exagero até é, mas fato é que precisamos de um tempo só para nós, um momento em que olhar paredes e tetos, deitado em um sofá, relaxam o cérebro, o corpo e a alma. Isso faz bem sim!

    Adorei o texto.

    Abraços, Flávio.
    –> Blog Telinha Crítica <–

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Gostou? Compartilhe!