Minha eterna busca por algo que não sei o que é

Sempre vivi na busca de algo que não sei o que é. Tenho comigo uma energia interna que me impulsiona a seguir nessa jornada. Uma sede de descobrir, uma eterna investigação sobre o mundo, sobre a vida, sobre o que de fato vim fazer aqui.

Mais do que isso, sempre fui guiada, principalmente, pelo que sinto. Meus sentimentos sempre funcionaram como uma bússola em minha vida e, por mais irracional que isso soe para alguns, a intuição sempre me levou aos caminhos certos.

Desde pequena, gostava de filosofar e refletir sobre temas profundos e, lá nos meus textos mais antigos, eu já questionava a vida de alguma forma. Questionava não como quem não concorda, mas como quem busca uma resposta, um sentido maior, um porquê.

Por muito tempo, me senti sonhadora e existencialista demais e adormeci essa minha essência, o que acabou me afastando de mim mesma. Viver sem devaneios me pareceu mais fácil nesse mundo tão “preto no branco”, até porque a vida adulta naturalmente apaga essa chama dentro da gente.

Mas a verdade é que eu, finalmente, entendi que faz parte de mim ser assim. Nunca fui boa em exatas. O “1 + 1 = 2” nunca fez muito sentido pra mim. Aceitar o mundo como algo óbvio, pragmático e definido não é pra mim.

Sou das incertezas, das entrelinhas, das histórias e das palavras, e do que nem sempre é visto, mas sentido. Finalmente entendi que faz parte de mim buscar poesia em meio a monotonia. Buscar cor na rotina cinza, buscar o sobrenatural em um dia trivial. E não estarei sendo inteira se não colocar pra fora essa busca, se eu não abraçar a minha intensidade e assumir tudo que sinto.

A verdade é que vivo também na busca de mim. Mergulhando no autoconhecimento, tenho tido a chance de me conhecer cada vez mais.

Não sei se um dia vou chegar ao ponto de dizer “encontrei”. Creio que a busca é eterna. Só sei que, na escrita, é quando chego mais perto disso. É quando me conecto comigo mesma e, principalmente, com o outro.

Acho tão incrível a capacidade que as palavras têm de conectar completos desconhecidos. Algo que eu sinto ou penso pode estar em ressonância com o que também pulsa dentro de você e isso nos une de alguma forma.

Quantas conexões perdemos por não nos expressarmos? Somos todos diferentes e iguais ao mesmo tempo, estamos vivendo a mesma jornada e os mesmos desafios, por que então guardarmos tudo pra gente?

Escrever é doar um pouco do que carregamos dentro da gente. É partilhar energia, é dividir conhecimento, é somar experiências.

Finalmente, preciso assumir:

Sou uma sonhadora.
Sou uma buscadora.
Sou uma escritora.

Por isso, fica aqui o meu compromisso: não vou mais me afastar da minha própria essência. Vou continuar buscando, sonhando e, claro, escrevendo.

Aproveito para desafiar você: o que pulsa aí dentro? O que deixa sua alma feliz? Isso está ao seu alcance? Por que não fazer mais disso? Dê o primeiro passo.

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