Me encontrei

 

Quem é você? Sempre achei difícil responder a esta pergunta. Preencher os irritantes ‘profiles’ das milhares de redes sociais ou até mesmo responder questionários para concorrer a uma vaga de emprego. Enfim, o fato é: Nunca me defini com facilidade. E nunca entendi o porquê dessa necessidade de se autorrotular.

Quem eu sou? Cá pra nós, o que eu disser sobre mim realmente vai mudar algo sobre o que você pensa sobre mim? Acho que não. Posso até dizer minhas preferências de lazeres,lugares,  filmes e música. Até ai tudo bem.  Mas, no que diz respeito à personalidade e a imagem que refletimos, cada um tem em mente uma versão muito particular do outro e não são palavras que vão mudar isso. Fato. Muitas vezes, o que eu digo, pode não ser o que eu sou – quase nunca é – mas sim a minha impressão de mim mesma, a projeção que tenho de mim, ou quem eu gostaria que eu fosse.

Hoje, confesso, desisti de me definir.  Descobri que o único motivo que nos leva a essa tentativa de nos autodescrever o tempo todo é a necessidade – vazia e em vão – de ter que se autoafirmar para alguém, para o mundo, para todo o público que nos cerca. É o fato de ter que se mostrar decidido, coerente, forte, e cheio de si.

Hoje, posso dizer que me encontrei. Já chega. Que se danem os rótulos. Descobri que vivo melhor sem ter o compromisso de cumprir o script, sem a responsabilidade de me autodefinir e de ser coerente com o que eu disser que sou.  Sou muitas, não sou uma só. Não sou como um produto químico que tem uma fórmula exata. Meus componentes são diversos, momentâneos, incoerentes. Não sou a mesma para todos e nem serei a mesma o tempo todo. Sou razão com uma boa dose de emoção, sou sistema nervoso afiado, sou coração abobado, putz, sei lá mais o quê. Sou um aglomerado de sensações. Cheguei à conclusão de que é no transitório e no efêmero que me encontro.

Conheça-me. Conviva comigo. Observe-me. Atente-se às minhas atitudes, meu comportamento. Converse comigo. E construa a sua própria versão de mim. Wherever, me rotule como desejar. Me ache isso ou aquilo outro, deixo essa árdua tarefa para os outros. Mas a mim não. Me importa apenas o VIVER e  o SER. Ser por inteiro, ser em essência, ser do jeito que me der na telha, do jeito que me interessa e ponto.

E você? Quem é?  =)

 

Por Renata Stuart

13 respostas

  1. Que texto, heim Reeeeee? Tempos atrás eu falei numa entrevista que acho super difícil falar sobre mim… acho que mais pq é complicado saber se estaremos sendo justos ou não… bom, aí, depois que a entrevista acabou descobri que não é tão difícil assim falar sobre mim! rsrsrsrrs… a questão é que nos preocupamos sim, em determinado momento, com o q os outros vão pensar de nós. Mas, é importante quando olhamos para trás, e para adiante e vemos que podemos ter toda a segurança de falarmos o que quisermos e como quisermos. A forma como os outros irão receber já não é problema nosso, mas somente deles. Parece esnobismo isso, mas não é… é simplesmente pq a gente cansa de ser rotulada… de ser comparada… nivelada num padrão ou conceito! Diante disso? Prefiro simplesmente continuar vivendo um dia de cada vez, mas com a intensidade que eu desejar e do jeito que eu desejar… não vou ficar me preocupando se o outro está gostando ou não da minha intensidade. É como falei dias atrás no meu facebook, vou continuar vivendo intensamente sim… não vou ficar economizando para um dia que eu nem sei se vai chegar. E se chegar, que assim espero, tenho intensidade para usar nos próximos 66 anos! Enfim, vou continuar vivendo MINHA vida, sem me preocupar com o que vão dizer. Pq de um jeito ou de outro eles vão falar mesmo! Né não? rsrsrsrrs… bjks, dona bonitona! 🙂

  2. Também odeio essa pergunta. Me vem uma vontade de responder meu nome. Assim como cada um tem uma opinião, cada um me define de um jeito. Sei que o meu ser é dinâmico, não posso defini-lo. Posso apenas sê-lo. E que se dane o resto!
    Abraços

  3. OLá, Renata, boa noite!
    Vi a divulgação do teu blog lá na Blogosfera, com o título “Me Encontrei”, eu pensei: poxa , meu Deus, uma jovem já conseguiu essa façanha, e eu aqui , madura e quase caduca, ainda ando a procura de mim mesma..kkkk…
    Excelente texto, amiga, objetivo, leve, bem escrito, com uma linguagem própria da sua idade, ou seja, gostei muito!
    Coicidentemente postei há dias, um texto poético inquiridor sobre mim mesma, interiorizado por demais, mas necessário ao meu auto conhecimento. Não são palavras a esmo, apenas um voltar de olhar, pra mim mesma!

    Tenha um excelente final de semana, Renata e seja muito feliz!

    Bjos da Lu…

  4. Quem sou eu? Basta ler minha “biografia”. Eu sempre detestei autobiografias, seja de autores ou de redes sociais, eu nunca as leio, não me interessa o que a pessoa se considera ser nem tampouco o que ela deixa de ser. Eu acredito que a fidelidade de uma biografia fica nos escritos da pessoa, não o que ela diz, visto que podem dizer, mas acabamos por nos importar sim, nem que seja um pouco, com a opinião alheia e nunca iremos nos sabotar revelando nosso pior lado.
    Ao ler um livro, sempre “pulo” as biografias, o que me interessa saber a formação do autor, o que ele fez e faz na vida e o caralho? Para mim o importante é saber o conteúdo que ele se dispõe a me oferecer e tenho consciência que isto pode me dizer muito mais sobre a pessoa do que possamos imaginar.

  5. Minha querida filha,adorei seu texto! Só quem te conhece sabe que você é bem resolvida e de uma personalidade fora de sério.Adoro seu jeito meio parecido comigo de ver o mundo.Isso mesmo, que se dane o que pensam os outros .Eu sou o que sou e ponto.Te amo!!!!Linda!!!!

  6. Olá Renata,
    Me identifiquei demais com seu texto, porque sou exatamente assim na hora de falar de mim, até mesmo escrevi isso no meu blog. A pergunta “Quem sou eu?” me dá arrepios.
    Ser uma coisa só é muito pouco pra quantidade de coisas que posso ser, que quero ser. A minha única única condição para estar sendo de todas essas formas é que eu seja assim por mim mesma. Por minha necessidade, por minha vontade. E só.

  7. Oi Re,

    Tudo bem? Penso que é muito difícil a própria descrição. Seu texto é direto, sensível e maravilhoso. O ser humano pela sua característica muda a cada segundo e aí talvez só estando perto se consegue perceber quem verdadeiramente é o outro, sem fantasias, excesso, falta ou exageros.

    Beijos.

    Lu

  8. Renata,
    Concordo com você que essa autodefinição é sem importância e muito “mixa” para falar quem somos nós.
    Creio que em redes sociais esse “quem é você” é uma curiosidade em conhecer quem está do outro lado a telinha, tão longe às vezes e com elas nos idenfificamos. Creio que isso é menos do que se autodefinir, é apenas dizer algo sobre sua pessoa que apazigue a curiosidade do fã do outro lado.Creio que nada do que falamos sobre nós mesmos será suficiente para preenchermos a lacuna da nossa existência. E nem sempre como eu me vejo é realmente é a forma com que os outros me veem.
    Eu penso como você, dane-se quem me critica, quem não me aceita, quem torce o nariz para o que escrevo. O importante é você estar de bem consigo mesma e daí aguentar as críticas dos outros é fácil demais!
    Beijokas doces

  9. Eu posso dizer quem é você. ..essa pessoinha maravilhosa e inteligente , cheia de sonhos e de um caráter incrível! Romântica e uma filha carinhosa que toda mãe quer ter.Te amo e não mude nunca esse seu jeito….pois é assim que te admiro cada vez mais!!!!

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