Sexo bom precisa ter alma

Gosto do toque sutil, gosto da pegada ousada, gosto da respiração ofegante.  Mas se não tem alma, meu bem, não tem tesão. Que culpa tenho eu por ter um coração pulsante. Sexo bom para mim não pode ser só físico.

Não comece tirando a minha roupa sem antes desnudar a minha alma. Sim, antes de conhecer meu corpo, procure conhecer quem habita dentro dele. E se não te interessa explorar o território do meu ser, dê meia volta.

Não estou pedindo juras de amor, e muito menos declarações. Não sou mais ingênua a ponto de achar que o sexo só é bom quando envolve amor. Não é disso que falo. Falo daquela afinidade que começa fora da cama. Sabe? Para mim, é preciso de um pouco mais que vontade momentânea.

Nada contra quem é a favor do sexo casual.  Mas preciso mais do que apenas o desejo puramente sexual.  Necessito de um mínino de envolvimento. O olhar tem que ser de verdade. As palavras precisam ser naturais. Boa conversa, entende?  A admiração – ainda que singela – em ambas as partes, precisa entrar em cena. É preciso mais que um corpo bonito para me atrair a quatro paredes.

Meu prazer começa bem antes de ir para a cama, meu prazer começa nas sutilezas. São detalhes que me levam a querer me entregar a alguém. Um jeito de falar, um olhar, uma atitude, um gesto. Uma sintonia. Um riso verdadeiro. Sexo é troca intensa de energia. E não, não estou disposta a absorver as vibrações vazias de quem só tem olhos para o que é visível e superficial.

Careta? Talvez. Mas é assim que sou. Que culpa tenho se não aprendi a separar corpo de alma. Não sei me entregar pela metade. E não me contento com as migalhas de um sexo sem alma.

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